sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Culinária Caipira e Pequenos Animais

Para começar, uma galantine feita com diversas carnes, incluindo rabada, alho poró, cebola, cogumelos, cenoura....


A galantine fora da forma

Além disso, um pâté de campagne.




Para acompanhar, Gesellmann Hochberg Austríaco, 2007 (http://www.gesellmann.at/gm/weine/blaufraenkisch_hochberc.php), delicioso.


Prato principal, paleta de porco, marinada em vinho branco, cachaça, cebola, alho, limão cravo, salsão, alho poró, cenoura, sal e pimenta-do-reino e pimenta dedo-de-moça.


A paleta foi cozida com a marinada por quatro horas, em fogo muito baixo, enrolada em papel celofane, e depois foi dourada no forno à lenha. Para acompanhar, arroz com tomate, limão cravo, salada de feijão fradinho e jiló cozido.



Quem nos ronda no almoço? O beija-flor.


Quem invadiu e nos assustou? A falsa coral, escondida nos muitos dias sem chuva durante o inverno passado.


Quem nos observa atentamente? A rolinha, recém nascida, careca e feinha, cujos pais fizeram o ninho que nos deixou um tempão sem mexer nos toldos.

E se sobra alguma coisa, quem bagunça tudo durante à noite?

No começo pensamos que era um quati, mas na verdade é um gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), que remexe tudo o que deixamos, e que foi carinhosamente apelidado de Wilbur.

É isso.

domingo, 21 de novembro de 2010

Coelho Cozido na Cerveja


Uma versão livremente inspirada no Lapin à la Gueuze, belga.


Tempere os pedaços de coelho com sal e pimenta-do-reino preta moída na hora, passe na farinha de trigo. Doure os pedaços na manteiga, reserve-os. Coloque mais um pouco de manteiga e doure uma cebola e um dente de alho. Usando um processador de alimentos, processe o fígado do coelho com um pouco de cerveja (na falta da Lambic Gueuze, usou-se a Paulistânia Lager Puro Malte). Deglaceie a panela com a cerveja, acrescente os pedaços de coelho, o fígado processado com cerveja, uvas passas brancas e ameixas secas. Cozinhe em fogo médio até a carne amolecer. Sirva com batatas fritas (com casca!). A rúcula e tomate enfeitam.
Uma alternativa mais próxima da receita original é usar bacon, não usar o fígado do coelho (deixa o molho um pouco mais suave), e temperar com louro e tomilho.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Zena Caffe

Agradável almoço no Zena Caffe, de Juscelino Pereira, do Piselli. O Zena Caffe serve pratos italianos da região da Ligúria.

Como entrada, uma das foccacias da casa, recheada com queijo stracchino. Ótima.

Como prato principal, Trenette al Pesto Genovese. O pesto do chef Carlos Bertollazi, além dos ingredientes tradicionais (alho, pinole, manjericão, azeite, pecorino e grana padano) leva cubos de batata e vagem (http://colunistas.ig.com.br/cucinando/2009/10/23/nesse-domingo-vai-dar-massa/). O molho estava muito bom, nada ácido, mas infelizmente o pesto estava "quente" em demasia. A massa passou um pouco do ponto, tendo ficado levemente mole e não al dente.


Além disso, foi pedido o Polpettone di baccalà, com salsa verde e acompanhado de salada. Não provei, mas a textura do e o sabor do polpettone foram elogiados.


Apesar do deslize no ponto da massa, foi um bom almoço, e certamente haverá uma nova para que a comida do Zena seja melhor avaliada.

Zena Caffe
Peixoto Gomide, 1901 - Jardins

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Villa Cioè

O Villa Cioè foi aberto recentemente, num antigo sobrado do fim da década de 1920 localizado na Rua Tupi, em Higienópolis. A Tupi, assim como a Rua Pará, conta hoje com um corredor gastronômico movimentado e que vem se ampliando.

O cardápio, segundo pude apurar, contou com a consultoria da chef Ana Soares, renomada pelas suas massas (as quais ainda não provei - http://www.mesa3.com.br/main.html).

O ambiente do casarão é muito sóbrio e bonito, e em sua parte de baixo, no que deve ter sido o quintal, ficam um bar e a cozinha. Para começar, tomei um blood mary muito bem feito, com pimenta e limão na medida certa.

Fomos conduzidos à mesa reservada, numa das salas que o restaurante chama de biblioteca, com prateleiras na parede com algumas coleções de livros. O couvert é muito bem feito, com um concassê de tomate, amêndoas glaceadas, beringelas e cogumelos e pães feitos na casa, um de alecrim, uma torrada e um delicioso pão de figo.



Como pestiscos, foram pedidos estes ótimos bolinhos de polenta recheados com bacalhau



Para acompanhá-los, e sem qualquer pretensão de harmonização, as cervejas da cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto (SP) (http://www.cervejariacolorado.com.br/home.php). Provaram-se a Colorado Demoiselle, uma Porter escura que leva grãos de café na fermentação, e a Indian Pale Ale, que leva rapadura. Ambas muito boas, a fermentada com café muito superior à com rapadura.

Como entrada, tentáculos de polvo e aspargos, cobertos com um suave molho de mostarda e ladeados por uma salada de folhas (com algumas folhas de temperos, boa combinação), com um molho cítrico. Estava ótimo, e o polvo e os aspargos num ponto ótimo de cozimento, o primeiro tenro e o segundo crocante.



Apesar de o serviço ter sido bastante atencioso, um "pequeno" contratempo atrapalhou a refeição. Quando fui me informar acerca do Villa Cioè na internet, um prato que me chamou a atenção foi o tortelli ao taleggio, aspargos, mascarpone trufado e figos frescos, e ele foi pedido. Entretanto...o que chegou à mesa foi o taglioni com bacalhau, verduras e pinoli. Apesar da decepção, o garçom ofereceu-se para trocar o prato, mas como estávamos em seis à mesa, e como este blog tem um medo ancestral de mandar pratos de volta à cozinha, optei por ficar com o taglioni, que estava muito bom, com os pinolis, tomate, azeitonas, alhos assados e o bacalhau com a dessalga correta.



Os outros comensais pediram carré de cordeiro co purê de beringelas e o medalhão de filé mignon com queijo tallegio, risoto e figos frescos (foto a destempo, mas dá para ter uma idéia do prato). Ambas as opções foram elogiadas, e as costeletas de cordeiro estavam ao ponto (como pedido, e não passadas, apesar de servidas uma a uma).





Para beber, Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2007 (http://www.monteswines.com/english/nuestros_vinos/alpham.php?t=alpha_cs), ótimo.

Enfim, muito bom, e certamente haverá outra visita para provar o prato que não veio.
O restaurante poderia, também, publicar seu cardápio no sítio eletrônico, aparentemente ainda em formulação.

Villa Cioè
R. Tupi, 564, Higienópolis
Tel.: (11) 3662-1121
reservas@villacioe.com.br
www.villacioe.com.br

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Katz's Deli

O Katz's Deli é uma das Delicatessens mais antigas de Nova Iorque em funcionamento (de 1888).

O lugar é famoso por várias coisas, pela charcutaria produzida ali mesmo, pelo pastrami, que é sempre mencionado como um dos melhores da cidade, e até pelas aparições em séries de televisão e filmes (para lembrar, é o lugar onde se passa a cena na qual a Meg Ryan simula um orgasmo no When Harry Met Sally/ Harry e Sally - Feitos um para o Outro, de 1989).

Bom, desnecessário dizer que é bastante frequentado, com muitos turistas, mas nada que tire a graça do local.


Atrás do balcão, são preparados sanduíches, saladas, sopas e diversas outras especialidades típicas das delicatessens, muitas com acento judaico. Na fila que se aglomera junto ao balcão, os funcionários já oferecem uma prévia do seu pedido, oferecendo pequenas bocadas aos clientes.

O lugar tem inúmeras opções de pratos, e foram escolhidos o sanduíche de pastrami com picles e a matzo ball soup (reconfortante, num ótimo caldo de galinha, com um bom sabor de salsão).


Para beber, uma cerveja feita para a casa, cuja pressa em provar o pastrami nos fez esquecer de anotar detalhes sobre ela, pode ser uma Ale.

E o pastrami é sensacional. Úmido, no ponto perfeito de cura e de cozimento, ótimamente temperado. A carne derrete na boca.


Como opções, há ainda sanduíches de corned beef (o pastrami é curado numa salmoura com temperos, antes de ser cozido, e o corned beef é curado a seco), e o sanduíche de língua bovina, que só não foi provado porque os sanduíches são enormes (depois de meio sanduíche de pastrami e da sopa, como se vê na foto, seria uma temeridade).

Enfim, um clássico. E delicioso.


http://www.katzdeli.com/

205 East Houston Street

New York NY 10002

sábado, 31 de julho de 2010

Tailândia Lá e Cá

Quem gosta muito de culinária asiática e vai à Nova Iorque padece, de início, de uma paralisia de análise. Tailândia, Vietnã, Índia, Paquistão, Camboja, China, Japão, há opções para todos os gostos, e muitas.

Há muitos restaurantes chineses e japoneses em São Paulo (claro que o número não reflete a qualidade), então este blog se decidiu pela busca de restaurantes do sudeste asiático. Auxiliado pelo guia Zagat, o primeiro visitado foi o Ponsgri, pois contava com uma ótima avaliação (24 pontos, dos 30 possíveis).

Um restaurante simples, sem luxo, mas com a faceta típica de restaurante oriental.Cardápio bastante extenso, entre sopas, saladas, aperitivos, especialidades (divididas em especialidades do próprio restaurante, de lagosta, de mexilhões e de peixe), grelhados, pato, peito de frango (sim, ele mesmo, o insosso, com cinco tipos de molho), e, além disso, pratos principais, “autênticos” curries tailandeses, pratos vegetarianos, noodles, uma parte para arrozes fritos e, por fim, acompanhamentos.

Comentei com o garçom, tailandês (assim como todos os trabalhadores do lugar, pelo que vi), que falava um inglês carregadíssimo no sotaque, que em São Paulo, uma cidade com vinte milhões de habitantes, havia no máximo uns cinco restaurantes tailandeses, e ele ficou espantado, dizendo-me que “só nesses dez quarteirões” (não sei se de raio, para cima ou para baixo) havia vinte restaurantes tailandeses). Saindo dali, ele imediatamente foi à senhora do caixa e comunicou-a disso, espantado, pelo que pude ver, e a reação dela também foi de espanto (quem sabe, novos tailandeses em São Paulo seria uma felicidade).

Para começar, Tom Yum Goong, uma sopa de camarão com “thai herbs”, cogumelos, limão, erva-cidreira e coentro (U$ 3.95). Sensacional. Claro que, apesar de não mencionado na descrição constante do cardápio, havia uma pimenta vermelha.




A primeira coisa que me veio à cabeça foi que o equilíbrio entre o doce e o apimentado era completamente diferente de toda a comida tailandesa que eu havia provado no Brasil (aqui, menos doce e menos apimentado).

Em face dessa surpresa e buscando um padrão de comparação, procurei um prato que eu já conhecesse (e, por sinal, uma obssessão pessoal desse blog) o Phad Thai. E devo confessar, não estava bonito.






Porém, estava ótimo. Os brotos de feijão, quase crus, crocantes. Novamente, o equilíbrio doce-salgado num grau elevado. O ponto do macarrão e dos ovos ligeiramente mais tostado do que os que eu havia comido. E, digno de nota, camarões maiores e em maior quantidade dos que nos tailandeses daqui, e por um preço que não se encontra aqui (U$ 10.95).

Para acompanhar, um vinho branco californiano, Beringer, Sauvignon Blanc 2007 (http://www.beringer.com/BeringerSauvignonBlancNapaValley). Razoável.



A refeição suscitou reflexão. O que acontece com muitos restaurantes orientais em São Paulo, que servem um arremedo de comida típica ou comida típica adaptada demais ao paladar nacional? E, no caso dos tailandeses, por preços por demais elevados.

Enquanto o Tibete é o locus amenus da espiritualidade ocidental, a culinária tailandesa é o padrão exótico do paladar ocidental,lembrando o professor Carlos Alberto Dória (http://ebocalivre.blogspot.com/2009/07/tailandia-expansao-da-imaginacao.html), do ebocalivre. O sudeste asiático é “Thai”, e muitos restaurantes acabam por resvalar num “pan-asiatismo”, que por óbvio muitas vezes se perde. Lembram-se do East? Começou razoavelmente bem, mas tempos depois a única lembrança que sobrou da mistura Japão-Coréia-China-Camboja-Tailândia era de um infantil algodão doce servido como sobremesa, além de drinques carregados em xarope de lichia (e da conta salgada, mas não tão salgada como um traumático bul go gui – o churrasco coreano – lá provado).

Este blog, infelizmente, nunca esteve na Tailândia e não tem planos de ir para lá em breve. Mas temos uma boa noção do que o que se serve aqui está longe do ideal. O Thai Gardens é bom, mas falta algo. O Nam Thai, do chef David Zisman, começou com um bom trabalho, mas fechou, reabriu chamando-se Ban Kao (ainda não o visitamos), mas também rendeu-se ao pan-asiatismo (com o inevitável balcão de sushis). Será que o paladar do paulistano, que vem sendo educado e ampliado nos últimos vinte anos, não está pronto para uma comida tailandesa autêntica (e que não custe, com um vinho, cem reais per capita)? Acho que está, mas isto ainda é uma obra por fazer.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

The Old Homestead Steakhouse

The Old Homestead Steakhouse é uma das steakhouses mais antigas de Nova Iorque. O gigante The Gotham Rib Steak on the Bone (32 0z) estava no ponto perfeito e extremamente macio. O molho barbecue, de produção própria, é muito bom.




Para acompanhar, batata assada com manteiga trufada.



A carta de vinhos do restaurante também é excelente, e a refeição foi acompanhada por um Châteauneuf-du-pape Domaine Roger Perrin 2007, 375ml (http://www.roger-perrin.com/).

Enfim, sensacional.

http://www.theoldhomesteadsteakhouse.com/
56 9th Avenue, NY 10011

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Final da Copa, Mar, Lenha

Domingo, fogão à lenha aceso. Fiat Lux.

Para começar, antes do fogão à lenha, namorado assado, sobre cama de batatas, recheado de farofa de mandioca branca, com manteiga, azeite, pimenta dedo-de-moça, cebola, alho, pimenta do reino, ovos, azeitonas verdes e coentro. Ressalva, com o peixe fresco, este blog come as bochechas e os olhos do peixe, iguarias.


Menção honrosa às conservas de pimenta, visíveis ao fundo, presente de amigos. Malaguetas e comaris, conservadas em vinagre de álcool. Saborosíssimas, e a malagueta picante acima da média (ótima). Acompanhou-se o prato principal do Vinho Oremus, branco, frisante, de Flores da Cunha, Rio Grande do Sul, surpreendentemente leve e benfeito, pouco doce apesar de frisante.

Prato principal, experimentação. Moqueca, feita com Meca (uma peça de Meca de 1 kg, cortada em postas), azeite de dendê, camarão, lulas, tomate, cebola, pimentão das três cores, gengibre, tomates, dedo de moça, e um maço de coentro que descansou em cima de tudo.





As lulas foram postas ao final, fervendo por cronometrados seis minutos (já que a panela de barro segura e mantém fortemente o calor).



A Meca, apesar da consistência ideal para sushis e grelhados, levemente gordurosa, saiu-se bem na moqueca.

Extemporâneas. Este blog crê no futebol arte e foi contra, apesar de o menu da final da Copa ser baseado nos ingredientes do dia e portanto, aleatório, a convocação do Dunga, composta soldados carolas e comprometidos. Não levamos nada tão a sério. Só a comida.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Tutano

Como diria o chef inglês Fergus Henderson, é uma indelicadeza matar o animal e não comê-lo inteiro. A canela traseira nem foi cobrada pelo açougueiro. Tutano, a perfeição da natureza.



Para acompanhar o tutano, risoto de linguiça calabresa, repolho roxo e feijão branco.





terça-feira, 29 de junho de 2010

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O Gourmet Incidental esteve recentemente em Nova Iorque, saboreando algumas especialidades da metrópole. Dentre os provados e visitados, pastrami, steakhouse, hambúrguer, frutos do mar e uma improvável visita ao Momofuku Ma Pêche, do chef David Chang. Para começar, a América em três cafés-da-manhã:

Sanduíche de ovos com linguiça.

Panquecas com linguiça, acompanhadas do syrup, que não saiu na foto.

Eggs Benedicte w/ Ham, do Pigalle (http://www.pigallenyc.com/), que, apesar do breakfast tipacamente americano é na verdade um restaurante francês. Os ovos podiam estar um pouco menos cozidos, não estavam moles no ponto certo, mas o molho de queijo era suave e muito bom.

Em busca da "culinária americana", ainda foram consumidos bagels normais, poppy baggels, com as sementes de papoula (será que ANVISA parou de criar caso para a importação de sementes de papoula estéreis, ou ainda está com medo que as mamas judaicas ao invés de fazer bagels comecem a plantar ópio enlouquecidamente?) com cream cheese, com salmão defumado da Nova Escócia, e litros de café fraco!

Sem foto, mas ainda digno de nota, os ovos poché sobre salmão defumado e english muffin do Brasserie Athenée (http://www.brasserieatenhee.com/), estes sim com os ovos perfeitamente moles.

Com esses cafés-da-manhã, só resta andar, andar muito, para se poder ter fome no almoço!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Le Relais de l'Entrecôte

Em Paris, o Gourmet Incidental foi conferir a receita original de uma das novas modas gastronômicas paulistanas, as casas de entrecôte, restaurantes de um prato só. A fórmula chegou a São Paulo em 2009 e a cidade já conta com duas casa do gênero, o l'Entrecôte de ma Tante, do Olivier Anquier, e o L'Entrecôte de Paris, ambas no Itaim.

O Le Relais de L'Entrecôte possui três unidades em Paris, além de uma em Genebra, e a unidade visitada foi a situada na Rue Marbeuf, próxima à Avenue des Champs-Elysées e ao Arco do Triunfo.


Ao que parece um regra, o lugar está sempre lotado, e encaramos uma espera de quase uma hora para chegarmos à mesa.


Para começar, a cesta de pães da casa e a salada, um misto de alface americana e frisée, com nozes e um delicioso molho à base de mostarda (para dizer a verdade pairou uma dúvida, houve quem dissesse que o molho sabia a raiz-forte).




Provou-se o vinho da casa, Cuvée Relais de L'Entrecôte, proveniente das "Côtes du Tarn", nada digno de nota.


Após o vinho da casa, para acompanhar o prato principal, provou-se outro vinho da vinicola ligada à casa, o Réserve Eliézer 2007, da Vinicola Château de Saurs. Um assemblage de Merlot, Braucol, Syrah e Duras(http://www.chateau-de-saurs.com/fr/vins/reserve-eliezer), bom vinho, não espetacular, mas bem superior, por óbvio, ao vinho da casa.

O prato da casa constitui-se de dois serviços do entrecôte num ponto ótimo, malpassado, acompanhado de batatas fritas. O molho da carne, como se sabe, é a sigilosa atração do prato, e nós efetivamente não conseguimos desvendar a fórmula do ótimo molho.



As sobremesas do restaurante são muito boas e acabam trazendo a dúvida que a escolha do prato principal não traz. As degustadas (e lembradas!) foram:

Sorvetes de maracujá, framboesa e coco, um disco de chocolate e groselhas.



Bolo de pistache.



Profiteroles de chocolate.


Para finalizar, um platêau de fromage com os seguintes queijos: Pont-l'Évêque (queijo de origem controlada, confira aqui: http://www.pont-leveque-aoc.org/), Roquefort, Tomme de Brebis, de cabra, e Camembert.




Boa refeição, e vale também pela lenda.

Le Relais de l'Entrecôte
15,rue Marbeuf
(tel) +33 1 49 52 07 17
http://www.relaisentrecote.fr/index.html